terça-feira, 26 de março de 2013


TOME NOTA: SECA OU ESTIAGEM 


A "SECA" que chegou ao nordeste no século XVI se adaptou a região do semiárido, onde existem as condições climáticas favoráveis para a sobrevivência desse negocio. A "seca em quanto construção chegou junto com os jesuítas e com os pecuarista.
Represa de Paulo Jacinto - Janeiro de 2013
Foto: Vitor Wagner

Este argumento demonstra que seca e estiagem têm definições distintas. Pela etimologia até que há diferença.

ESTIAGEM: é o mesmo que tempo sereno ou seco depois de um tempo chuvoso ou tempestoso.
SECA: é definida como estiagem prolongada ou falta de chuva.

A estiagem é um fenômeno climático causado pela insuficiência de precipitação pluviométrica, ou chuva numa determinada região por um período de tempo muito grande.

Esta palavra não deve ser confundida com a palavra seca; a estiagem é o fenômeno que ocorre num intervalo de tempo, enquanto a seca é permanente.

Este fenômeno provoca desequilíbrios hidrológicos importantes. Normalmente a ocorrência da seca se dá quando a evapotranspiração ultrapassa por um período de tempo a precipitação de chuvas.

A diminuição do volume de água no Mar de Aral é considerado um dos maiores desastres ambientais e humanos da história, que produziram uma situação de seca.

Uma estiagem, também é conhecida vulgarmente como período de seca e é uma catástrofe natural com propriedades bem características e distintas das demais. De uma maneira geral é entendida como uma condição física transitória caracterizada pela escassez de água, associada a períodos extremos de reduzida precipitação mais ou menos longos, com repercussões negativas e significativas nos ecossistemas e nas atividades sócio-econômicas.
População fecha a AL-210 e protesta contra a falta d'água
Foto: Vitor Wagner

Distingue-se das outras formas de catástrofes pelo seu desencadeamento se processar de maneira menos perceptível, a sua progressão ser verificada mais lentamente, a ocorrência arrastar-se por um maior período de tempo, poder atingir extensões superficiais de muito maior proporção e a sua recuperação ser processada de um modo também mais lento.

O conceito de seca não possui uma definição rigorosa e universal. É interpretado de modo diferente em regiões com características distintas, dependendo da sua definição e da inter-relação entre os sistemas naturais, sujeitos a flutuações climáticas, e os sistemas construídos pelo homem, com exigências e vulnerabilidades próprias. Conforme a perspectiva de análise, ou vulnerabilidade considerada, este fenômeno pode ser distinguido entre secas meteorológicas (climáticas e hidrológicas), agrícolas e urbanas.

Se, por um lado, o conceito de seca depende das características climáticas e hidrológicas da região abrangida, por outro, depende do tipo de impactos inerentes. Assim, em regiões de clima úmido, um período relativamente curto sem precipitação pode ser considerado uma seca, enquanto que em regiões áridas considera-se normal uma prolongada estação sem precipitação.
Carro-pipa (Um velho conhecido dos paulojacintense volta a cidade)

A ausência prolongada de precipitação não determina obrigatoriamente a ocorrência de uma seca. Se a situação antecedente de umidade no solo for suficiente para não esgotar a capacidade de suporte dos ecossistemas agrícolas, ou se existirem medidas estruturais com capacidade de armazenamento superficial ou subterrâneo suficiente para suprir as necessidades de água indispensáveis às atividades sócio-econômicas, não se considera estar perante uma seca.

Causas da Estiagem:

As secas iniciam-se sem que nenhum fenômeno climático ou hidrológico as anuncie, e só se tornam perceptíveis quando está efetivamente instalada, ou seja, quando as suas consequências são já visíveis. 

As causas das secas enquadram-se nas anomalias da circulação geral da atmosfera, a que correspondem flutuações do clima numa escala local ou regional, gerando condições meteorológicas desfavoráveis, com situações de nula ou fraca pluviosidade, durante períodos mais ou menos prolongados. As condições para que uma seca se instale estão também relacionadas com outros fatores como, por exemplo, o incorreto ordenamento do território, insuficientes infra-estruturas de armazenamento de água.

Referência: Água, comunicação e poder: a seca: um produto da dominação política e econômica no Nordeste / 2002 - (Livros). FERREIRA, Arnaldo Jorge Maia. Água, comunicação e poder: a seca: um produto da dominação política e econômica no Nordeste. Maceió: EDUFAL, 2002. 129 p.: il..