sábado, 7 de abril de 2012

Geografia: O Paraíba do Meio


O município de Paulo Jacinto pertence à Mesorregião do Agreste Alagoanos e à Microrregião Geográfica de Palmeira dos índios, limitando-se ao norte como Quebrangulo, ao sul com Mar Vermelho, a leste com viçosa, a oeste com Quebrangulo e Palmeira dos índios.
Inserido na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RDMA), faz parte da Área Piloto Interestadual de Quebrangulo, onde devem ser desenvolvido projetos-modelos que estabeleçam conceitos e funções dessa reserva.
Localização da Sede
Possuí uma área de 108,457km² (IBGE, 2007) e se encontra a uma distância de 104km de Maceió, tendo como principais vias de acesso as rodovias BR-316, AL-210 e AL 440. Sua altitude é de 247 acima do nível do mar e as suas coordenadas geográficas são respectivamente: 9 22’e 23” de latitude sul e 36 21’ e 27” de longitude W, Gr”.
Paulo Jacinto é drenado pela bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Meio e suas maiores altitudes são as serras de Paulo Jacinto (619 metros) e Grande (520 metros).
Com temperaturas mensais superiores a 21ºC, apresenta médias de 21,5ºC, em agosto, e de 26,5ºC, em fevereiro. A precipitação total alcançada 1.300mm, concentrada no período de maio a agosto, o que a identifica como uma região de boa precipitação pluviométrica.
O clima, segundo Thomthwaite, é megatérmico sub-úmido seco, com deficiência hídrica no verão.
Em relação ao relevo, o município tem como destaque as serras: Paulo Jacinto (também conhecida como Serra Grande, surge como principal atrativo turístico, com seus 700 metros de altitude. No inverno o acesso de carro fica complicado, mas, para os espíritos aventureiros, vale a pena uma caminhada até o alto, de onde se tem uma vista privilegiada de toda a região), Serra da Mandioca, Serra Bonifácio, Serra Saudade (Também conhecida Mar Vermelho). 
Geologicamente, encontra-se sobre o embasamento do Maciço Pernabuco-Alagoas, onde ocorrem lentes mineralizadas em barita e calcário. Localizado sobre rochas cristalinas, apresenta relevo dissecado, com aprofundamento da drenagem variando de 45 a 52 metros. As formas são ressaltadas pela orientação e aprofundamento dos vales. Ocorre também planos retocados, resultantes de remanejamento sucessivos, que indicam a permanência de processos areolares. Seu sítio urbano é cortado pelo Rio Paraíba do Meio. O seu principal rio é o Rio Paraíba (também conhecido como Parnaíba do Meio), ele nasceu no Município, de Bom Conselho Estado de Pernambuco, banha as cidades de Quebrangulo, Paulo Jacinto, Viçosa, Cajueiro, Capela e Atalaia indo desaguar na Lagoa Manguaba. No Vale do Paraíba nos municípios de Quebrangulo e Paulo Jacinto destacam-se a criação do gado bovino e a cultura do Inhame de irrigação. Este rio que tanto tem servido aos municípios por eles banhados, hoje se encontra totalmente poluído devido ao lançamento de dejetos sanitários e lixos. O desmatamento da sua nascente e das suas margens tem provocado o assoreamento do Rio. Os principais afluentes do Rio Paraíba em no município de Paulo Jacinto são: os riachos Lunga e Bucu na margem direita; Taquara e cavaco na margem esquerda. Destes, o mais importante para o município é o Riacho do cavaco por fornecer água para o consumo de toda população. Em conseqüência do desmatamento e represamento do Riacho para a prática da irrigação o abastecimento de água fica comprometido principalmente no período da estiagem.

Aspectos Econômicos


A economia do município que já foi fortemente voltada para agricultura, principalmente com a cultura do algodão, atualmente está alicerçada na pecuária, ocupando posição de destaque no cenário alagoano com ênfase para a criação do gado nelore, destinado ao corte, à prática de criação mais comum é a extensiva, não sendo descartada a forma intensiva que já começa a ser praticada também praticada também por alguns fazendeiros da região. Outra atividade que está sendo apontada como uma das grandes potencialidades para o desenvolvimento econômico do município é a Piscicultura.
Na região já existe um laboratório de produção de alevino e há pretensão de em breve ser instalada uma fabrica de filetagem de peixes. O município tem como seu maior gerador de emprego a Prefeitura que absorve mão-de-obra de aproximadamente 450 pessoas, o comercio local e a feira livre também geram emprego com um número bastante reduzido, não ultrapassando 150 pessoas.
 Dentro da programação da festa da ‘Chita’ a também o festival do inhame é uma forma de divulgar e fortalecer a cadeia produtiva do mesmo. É um programa que se mantem através de associações e empresas cooperativadas, programa de Arranjos Produtivos locais (PAPL), governo do estado, por meio é das secretarias de estado da agricultura e do desenvolvimento agrária (Seagri), do planejamento e do orçamento (SEPLAN), e do serviço de apoio ás micro e pequena empresas de alagoas (SEBRAE/AL). Dentre os assuntos abordados no festival, estão a exposição de projetos de pesquisas, a assistência técnica e extensão rural, os programas governamentais como “Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e a alimentação escolar além de instalação de uma praça de alimentação com produtos a base do inhame, feitos pela comunidade local que foi treinada pelas ações do APL inhame, por meio do SEBRAE/AL.
 De acordo com o gestor do APL no Vale do Paraíba, Walter Sandes, o festival é uma ação itinerante e dependem do apoio das prefeituras as cidades de Paulo jacinto e viçosas são as que proporcionam maior apoio. O evento é aberto ao público e é realizado pela prefeitura municipal de Paulo jacinto em parceria com a secretaria do estado da agricultura e desenvolvimento agrário (SEAGRI/AL), grupo de impulsão do agronegócio do Vale do Paraíba (guia), cooperativa dos pequenos produtores de Inhame do Vale do Paraíba (Coopevale) e SEBRAE/AL. 
Paulo Jacinto tem na pecuária bovina sua principal atividade econômica. A agricultura é tradicional (milho, feijão e madioca), com pouco diversificação e baixa produtividade. a criação de animais e de medio porte cresce com ovinocultura e, na agricultura, laranja e o inhame são as culturas comerciais do futuro. Alagoas já foi o principal produtor nordestino de inhame. Tradicional na cultura familiar alagoana, o inhame ficou para traz devido a dois problema: a praga da casca preta (causada pelo nematóide Scutellonema), que quase dezimou a cultura; e a comercialização, quando 90% da produção são vendidas a atravessadores que, no final, acabam ganhado mais que os produtores. Paulo Jacinto, Quebrangulo e Mar Vermelho formam, juntamente com Pindoba, Chã Preta e Viçosa, o maior poló do tubérculo no estado, responsável por 90% da produção. Atualmente, há um esforço combinado entre prefeituras, Secretária Estadual de Agricultura e Universidade Federal de Alagoas (UFAL) para recuperar essa cultura. Cerca de 500 produtores de 25 comunidade rurais estão pasticipando de um projeto associativo que aumentará o poder de comercialização e a possibilidades de exportação.

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